Celebrado em 20 de Outubro, o Dia do Poeta é marcado por esse ofício que traduz as angústias da vida em arte. Neste dia 20, a Presidência da Câmara Municipal de Altaneira, na pessoa do senhor Deza Soares tem a honra de homenagear o Poeta Altaneirense Ribuliço. Antonio Rodrigues dos Santos nasceu no dia 10 de maio de 1942 no sítio Massapê, município de Nova Olinda, localizado ao sul do estado do Ceará. O Poeta teve uma vida de dificuldades, porém com muita fé sempre venceu os obstáculos. No dia 18 de agosto de 2001, o poeta faleceu em decorrência de Infarto Agudo do Miocárdio IAM, aos 59 anos. Confiram abaixo trecho de uma das poesias do poeta Ribuliço. FONTE: Livro Patronos II. Acadêmica Maria Oliveira Lino (Corrinha Lino).
Você pensa que é bonito
Com esta roupa de linho
Só anda bem perfumado
Para ficar bem cherozinho
Quero ver você cherando
Quando chegar o seu fim.
Ouço alguém dizer assim
Eu sou um cara bonito
Mas para ser mais do que eu
Eu morro e não acredito
Depois da terra comer
Tudo se torna esquisito.
Fui assistir um enterro
De um cidadão de bem
Lá eu vi umas ossadas
Que as mesmas foi de alguém
Eu parei para pensar
Pude bem analisar
Que nós não somos ninguém.
Quando olhar um esqueleto
Não precisa entristecer
Que o nosso futuro é este
Não tem onde se esconder
É uma coisa esquisita
Não tem caveira bonita
Nem bravo para não morrer.
Saiba que não temos nada
Compreenda assim como eu
Acredite mais em Deus
Deixe de ser tão ateu
Tudo o que nós possuímos
Foi nosso pai quem nos deu.
A morte é uma carrasca
Ela não é ninguém
Mata rico milionário
E mata o pobre também
Passa tudo na moela
Mesmo assim eu gosto dela
Que a todo mundo ela vem.
Seja gentil e humano
Proteja o fraco e o forte
Confiando sempre em Deus
Que Ele muda sua sorte
Não faça dos outros entulhos
Acabe com esse orgulho
Que o futuro é a morte.
Para quem for orgulhoso
Tome essa por lição
Lembrando que é Deus que manda
Em toda essa nação
Toda nossa vaidade
Termina debaixo do chão.
Quando estiver bem trajado
Jovem, ancião ou senhora
Que encontrar um coitado
Aquele que o pão lhe implora
Nunca vire sua cabeça
E também nunca se esqueça
Que o luxo é só por fora.
Aqui termino meu verso
Com minha pouca leitura
Peço desculpas aos amigos
Em minha literatura
Dê comida a quem tem fome
Que todo orgulho do homem
Termina na sepultura.
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